À proporção que o tempo decorre, o progresso inexorável conduz a Humanidade a patamares mais evoluídos, ao substituir as sombras da ignorância pelas claridades que espalham as Verdades Divinas, iluminando para todo o sempre as mentes e os corações das criaturas.A Verdade sempre foi desvelada. Entretanto, somente há dois mil anos a estrela mais bri-lhante, inigualável e inimitável, o enviado do Pai, trouxe, pelo exemplo, a vivência única do amor, sintetizando a Verdade na Lei Áurea: “Amar ao próxi-mo como a si mesmo”.Decorrem os séculos, a men-sagem do Cristo foi esquecida e as sombras do materialismo se expandiram por toda a face da Terra, chegando ao seu clímax na segunda metade do século XIX. À época, Deus foi dispensado, porque tudo poderia ser explicado pela visão tacanha, restrita e parcial do materialismo.Neste contexto, surge O livro dos espíritos, a luz na escuridão, como um sol a raiar na madrugada luminosa, anunciando Deus como a inteligência supre-ma, causa primeira de todas as coisas, promovendo a esperança, a fé e a confiança no futuro, esclarecendo a natureza, a origem e a destinação do Espírito imortal, consolando e esclarecendo. O livro dos espíritos, abri-gando a luz perene em seu seio, vem iluminando, desde a sua primeira edição, as mentes e os corações de todos os que abriram suas páginas por curiosidade ou interesse e nelas encontraram o tesouro imperecível das Verdades Divinas, que nos indicam o que fazer e o que não fazer, além de consolar com o conhecimento que os Espíritos, ministros de Deus e agentes de sua Vontade, vieram desvelar, abrindo uma Nova Era para a Humanidade, desde aquele inesquecível 18 de abril de 1857.Allan Kardec, o missionário divino que codificou a Doutrina Espírita com seu incansável trabalho, com seu incomparável bom senso, ao colher dos emissários divinos as Verdades que revivescem o Evangelho de Jesus, desfraldou a bandeira do Espiritismo cristão e humanitário em torno da qual teve a ventura de ver tantos homens reunidos, em todas as partes do globo, por compreenderem que aí está a âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma Nova Era para a Humanidade.
Salve O livro dos espíritos, a luz que ilumina a escuridão da ignorância!
Revista Reformador Abril de 2019